Victor Fabiano – 16/04/2024
O que define uma equipe vitoriosa no final de um campeonato? Um bom elenco? Um bom treinador? Uma estrutura que oferece aos seus atletas as condições de superarem seus limites, possibilitando um alto nível de desempenho? Com certeza, esses três fatores levam uma equipe ao título. Mas a torcida não.
Uma equipe de massa, movida por 40 mil torcedores em todos os jogos em casa, não garante classificação para as competições internacionais através do campeonato nacional, nem de troféu no final do ano e muito menos de permanência na primeira divisão.
No Brasileirão de 2023, o Bragantino terminou a competição com a segunda pior média de público do campeonato, com 6.046 pagantes por jogo. O Bahia terminou com a quinta melhor média com 36.461 pagantes por partida. Quem chegou até a última rodada com chances de título? A equipe de Bragança. Os baianos precisaram da última rodada para escapar do rebaixamento.
Não há vuvuzela que faça um time ruim vencer. Na Copa da África em 2010, A seleção da casa foi a única anfitriãa na história de todas as Copas a ser eliminada na fase grupos. Em 2018 a seleção islandesa mostrou uma união de viking ao ter uma coreografia de palmas com sua torcida. Mas foi só isso. França foi a campeã daquela edição.
Mas a maior prova de que torcida não ganha título está na Alemanha. A torcida do Borussia Dortmund há décadas protagoniza mosaicos incríveis com bandeiras, fumaças e confetes. Mas quem conseguiu vencer a Bundelisga por 11 anos consecutivos foram os bávaros do Bayern.
Torcida caminha junto, incentiva, sofre. Mas jogador bom, técnico estudado e centro de treinamento estruturado é quem ganha campeonato.